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UM MARCO NA NOSSA ESTAÇÃO EM TERMOS DE TRANSMISSÕES DESPORTIVAS 15 de Janeiro fica marcado na curta história da RCM, o nosso companheiro e relator desportivo e Mário Mitch relatou assim o golo que na altura valeu o empate ao Leixões frente ao campeão nacional FC Porto

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quinta-feira, 10 de janeiro de 2019

Carta aberta a uma desilusão

O jovem Gaspar Macedo escreveu uma carta ao Presidente da Republica onde fala sobre o seu recente telefonema à Cristina Ferreira durante a estreia do seu programa na SIC.

“Carta aberta a uma desilusão. 

 Caro Presidente. 
Fui um dos que apoiou a sua candidatura à Presidência da Republica. Durante todo este tempo mantive-me calado mas depois da polémica do telefonema a Cristina Ferreira, mais do que nunca estou farto deste silêncio. Desiludiu-me porque na verdade, não passa de um populista e sensacionalista que camufla o nada que faz com beijos e abraços. O homem que fala constantemente sobre os perigos do populismo é o mesmo homem que, enquanto Presidente da República, liga a um dos programas da manhã, no meio de uma guerra de audiências, para não fazer mais do que senão promover-se. O homem que defende a intervenção do Estado na comunicação social. Isso é vergonhoso. Os portugueses, mais do que beijos e abraços, precisam de mudanças reais. Os portugueses, acima do que o politicamente correto reconforto, precisam de alguém que verdadeiramente os defenda. Mais do que o presidente dos “afetos” é o presidente dos “avisos”, porque em todas as tragédia que assolaram Portugal nos últimos anos a sua reposta foi sempre a mesma: “temos de apurar responsabilidades”. Passou um mês desde o desabamento da estrada de Borba e ainda não se apuraram responsabilidades. Sabemos que o Estado foi alertado cinco vezes para o risco de desabamento. Passou um ano depois do desfalque na instituição Raríssimas, promovido por um ministro em funções, e ainda não se apuraram responsabilidades. Passaram cerca de dois anos depois do assalto do armamento em Tancos e ainda não se apuraram responsabilidades. Os incêndios de Pedrógão foram em 2017 e ainda não se apuraram responsabilidades. O presidente que na sua mensagem de Ano Novo pede “bom senso” e nada de “promessas impossíveis”, é o mesmo Marcelo Rebelo de Sousa que, depois da tragédia dos incêndios, prometeu às vítimas a reconstrução das residências até 2018. Estamos em 2019 e ainda há vítimas a viver em autocaravanas, garagens e outras acabaram por morrer de desgosto pelo abandono do Estado. Esses sim, como é o caso de Manuel Nascimento, o idoso que aparece em enumeras fotos a chorar desesperado ao seu lado, mereciam o bom senso de um telefonema e muito mais. Permitiu que um presidente de câmara se aproveitasse do poder para manipular os fundos da reconstrução das residências, numa altura em que devia ser uma prioridade nacional. Embora fale durante todo o ano no desacreditar das instituições democráticas e se venda como o presidente que tudo comenta, recusou comentar casos polémicos que destroem verdadeiramente a nossa democracia, como as falsas presenças de deputados ou os escândalos no abuso dos subsídios de deslocação por parlamentares. Antes mesmo de ter comovido Cristina Ferreira, lembre-se das lágrimas que tentou reconfortar com promessas que não cumpriu ou não exigiu serem cumpridas. No concreto decide não fazer nada porque transformou a presidência da república num cargo vassalo à vontade de um governo e do lado negro do sistema que abusam do poder. Por isso, caro presidente, durante muito tempo escolhi esconder a minha opinião frustradamente, na esperança que mudasse. Esse foi o meu erro. Creio que falo por muitos quando afirmo: eu não volto a votar em Marcelo Rebelo de Sousa. Custe o que me custar, porque eu não me vendo por uma foto e um abraço. Tenho dito.” 

 Gaspar Macedo

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