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segunda-feira, 30 de dezembro de 2019

ESCULTURA DE 307 MIL EUROS VANDALIZADA EM LEÇA DA PALMEIRA

A escultura "a linha do Mar" produzida pelo artista plástico Pedro Cabrita Reis, inaugurada há duas semanas e que custou 307.5 mil euros foi este domingo vandalizada com mensagens pintadas contra a obra.

"Vergonha", "Isto é Leça", "CMM Vergonha", "Os nossos impostos 300 mil", são as mensagens que surgem pintadas nas vigas de ferro que o artista concebeu, descrevendo que a obra foi usada como "pedra de arremesso" em declarações ao Jornal Público.

"Esta obra foi uma pedra de arremesso. Não é um vandalismo contra a minha escultura, é uma manifestação de extrema-direita. É mais do que à câmara municipal, mas com os intuitos típicos de uma cultura de ódio, populista”, afirma o artista plástico ao Público, por telefone. 

De acordo com informações recolhidas pela comunicação social, a Câmara Municipal de Matosinhos apresentou queixa no ministério público contra desconhecidos.

"O que nós não podemos concordar é com o vandalismo em que além de ser crime destrói um património quer gostemos quer não gostemos. Colocar aquela peça ali não saiu um cêntimo do orçamento de qualquer outra área, aquilo faz parte do orçamento da cultura. Não há nada que tivesse de ser feito que tivesse deixado de o ser. Não temos nada contra as opiniões das pessoas, nós até gostamos de ouvir as pessoas para percebermos", descreveu Fernando Rocha, vice presidente da Câmara à RTP 1.

"O que é que define o valor da arte? É o mercado e o valor do artista, agora o que se pode pensar é que esta obra está acima dos valores do valor do artista, passo a redundância. A arte é uma forma de desenvolvimento turístico para a região", mencionou à SIC.

A obra em questão envolveu o custo de 250 mil euros mais 57.500 euros de IVA (23%). 

De acordo com o Código Penal os autores desta ação podem ter uma punição "com prisão de dois a oito anos”.

A presidente da Câmara Municipal de Matosinhos, Luísa Salgueiro, comentou este domingo o acontecimento, ressaltando que "o investimento na cultura está longe de ser consensual" e que "Infelizmente, não é nenhuma novidade".

"Evidentemente que o investimento na cultura está longe de ser consensual e é perfeitamente respeitável que as pessoas tenham a opinião de que esta não seja uma responsabilidade do Estado, privando o seu acesso à classe média e baixa. Contudo, existem diversas formas legais, democráticas e menos lesivas do nosso património comum para evidenciar essa opinião", salientou Luísa Salgueiro.

"A política cultural é determinante para combater a intolerância. É também por isso é que decisivo continuar a investir nesta área, como a Câmara Municipal de Matosinhos tem feito nas últimas três décadas. A diversidade de opiniões, a discussão de ideias antagónicas e a tolerância terão sempre lugar em Matosinhos", completou.

Este tipo de ações não é novidade, pois em 2015 foi destruído o cruzeiro de Leça do Balio e para a recuperação foram gastos 20.000 euros, a ‘Anémona” e em 2016 o conjunto escultórico “Dois Gémeos”, em homenagem a Passos Manuel e José da Silva Passos, de Julião Sarmento e a limpeza custou à autarquia quase 10.000 euros.

De acordo com informações da Câmara Municipal, a obra tem como objetivo apresentar "uma nova perspetiva sobre a linha de horizonte do mar".

"Denominada 'A Linha do Mar', a peça é composta por vigas de ferro HA400 apresentando uma nova perspetiva sobre a linha de horizonte do mar e sugerindo diversas interpretações através da forma e geometria e da sua sobreposição com o oceano", relata a Câmara em comunicado emitido a 15 de dezembro. 

De acordo com informações recolhidas, a escultura está limpa porque “era mais simples do que aparentemente parecia porque a tinta dos graffitis é razoavelmente fácil de remover com diluente”, explicou Fernando Rocha.

A escultura localiza-se junto ao Farol da Boa Nova, na Avenida da Liberdade, em Leça da Palmeira.


Fonte da Foto: DR


Diogo Bernardino 

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