O Governo revela que a 30 de abril vai apresentar ao país o plano de reabertura de serviços, comércios, cinema e outros, revelou o primeiro ministro António Costa ao Expresso.
As universidades, os institutos politécnicos, as aulas presenciais para o 11.º e 12.º ano e as creches vão reabrir a 04 de maio. Até 30 de abril, as instituições vão ter de apresentar planos graduais e progressivos. Tem de haver cumpridas as regras de distanciamento e a utilização de máscaras de forma obrigatória.
"Gostaria no que diz respeito ao pré-escolar que pelo menos no período praia/campo que se inicia em junho pudéssemos ter atividade. Outra forma de desfasamento é ter horários desencontrados. Como só vamos ter 22 disciplinas presencialmente, estamos a reorganizar os horários de forma a que a escola possa começar mais tarde do que o horário normal de trabalho. A intenção é que os estudantes, os trabalhadores e professores não se cruzem nos transportes públicos", descreveu.
O uso de máscara comunitária e álcool gel que vai ser colocado de "forma abundante no mercado" vai ser obrigatório nas escolas e nos transportes públicos e relativamente ao comércio as pessoas que estão a atender, vão ter de utilizar máscara.
Os transportes públicos e os locais de trabalho passam a ser higienizados.
O atendimento ao público presencial vai ser uma realidade com o estado a começar "alguns serviços com atendimento presencial".
"Vamos começar pelos desconcentrados e as últimas que vão abrir são as lojas do Cidadão", revelou.
A saída do tele trabalho vai ser de forma faseada em maio para que a partir de junho as pessoas possam ter horários diferentes, uns de manhã, outros de tarde, numa semana de forma presencial e outra em casa.
Em relação ao comércio as lojas de bairro vão ser as primeiras com autorização a abrir, bem como os cafés e restaurantes mas com os constrangimentos das quatro pessoas por 100 metros quadrados.
"O comércio, a nossa ideia é que evolua gradualmente. A primeira prioridade vai ser o comércio local, que é o que concentra menos pessoas, onde é possível ter uma menor distancia de deslocação e onde é mais fácil organizar as entradas e evitar aglomerações. Uma segunda fase são as lojas maiores que tem abertura para a rua, o terceiro são as grandes superfícies, mas vamos ouvir os autarcas de cada concelho, para distinguir zonas residenciais de zonas de comércio e de maior concentração", mencionou.
Os espetáculos ao ar livre e os eventos desportivos devem ter lugares marcados e será exigido o uso de máscaras comunitárias, divulgando como o cinema vai reabrir em maio.
"O primeiro passo nos equipamentos culturais é naqueles que tem lugar marcado. Porque são aqueles em que é mais fácil fixarmos e serem respeitadas as normas de distanciamento. Num cinema, a lotação é restrita, os lugares passam a ser todos marcados só se podem vender bilhetes de duas em duas filas e de três em três lugares", explicou.
Vão haver restrições nas praias, com praias de grande extensão "em que a aglomeração é evitável e outras em que a aglomeração é grande". A aglomeração não vai poder existir e são as "autarquias que vão tomar as medidas necessárias".
Em relação aos cabeleireiros só com marcação prévia e número limitado de pessoas dentro dos estabelecimentos e o uso de máscaras pelos profissionais.
As fronteiras com a vizinha Espanha só vão abrir depois de 15 de maio, devido ao facto de ser o segundo país no mundo com mais casos.
Fonte da Foto: Impresa
Diogo Bernardino
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