O reinício dos atos médicos do Hospital Pedro Hispano de "forma sistemática" vai começar a 18 de maio, sendo que a maioria vai ser realizada por teleconsulta, revelou o presidente do conselho de administração Taveira Gomes à Renascença.
"A aposta é nas consultas à distância em detrimento das presenciais, que passam a ser de 30 minutos. É o tempo necessário para rotação pela sala de espera para não acumular muita gente. Já fizemos a simulação para não ter mais de 40 pessoas numa sala, que é perto do máximo de pessoas que podem estar em segurança. Depois vamos aprender no terreno e adequar”, explicou Taveira Gomes.
“Vai ser permitida uma espera mínima e a tendência é para não haver nenhuma espera. E se demonstrarmos que somos capazes de lidar com isso, nunca mais regressamos a ter pessoas a chegarem duas horas antes da consulta ou, mesmo, sem consulta marcada. Tudo tem um tempo para acontecer. E o que ficou agora provado é que não temos tempo para perder tempo”, salientou.
Taveira Gomes revelou que das "35 mil consultas que eram para serem realizadas até final de abril, conseguimos fazer 13 mil", o que equivale a 37% de consultas realizadas. Dessas 13 mil, "mais de 10 mil foram realizadas de forma não presencial", o que equivale a 77%.
"Em termos de cirurgia, passámos a fazer cinco ou seis, em vez das 70 a 80 por dia”, acrescenta.
Segundo Taveira Gomes o desafio passa pela duplicação dos espaços e dos recursos para acolher os diferentes doentes, aqueles com COVID e sem COVID.
“Há uma lógica de distribuição do espaço que não é totalmente reversível. Não conseguimos duplicar o hospital inteiro. Há espaços como o serviço de urgência que vai ter de funcionar em duplicado, tal como a área de internamento, que vai ter de funcionar em duplicado”, aponta.
O presidente do conselho de administração do hospital mencionou que tudo não vai regressar à normalidade como estava em fevereiro deste ano.
Fonte da Foto: DR
Diogo Bernardino
Sem comentários:
Enviar um comentário